As dificuldades de uma garagem antiga no tratamento e atendimento de pessoas com deficiências
Janeiro 4, 2020Em reportagem do dia 20 de setembro de 2020, a Folha de São Paulo retratou a dificuldade que alguns condomínios passam na hora de lidar e acomodar as necessidades de moradores com necessidades especiais.
Isso porque, devido às condições mais limitadas do espaço é muito difícil tratar da adaptação e adequação do espaço de forma apropriada e que gere os resultados necessários para o morador e para o síndico do prédio.
Além da garagem, é importante pensar que essas mudanças são válidas para todo o prédio e devem ser sempre consideradas na hora de decidir sobre mudanças e obras no prédio. Será que existe valor a ser agregado com o aumento da acessibilidade?
Neste texto, vamos tratar desta reportagem e de algumas opções para solucionar esse problema. Você que encontra dificuldades nesse cenário vai entender um pouco da legislação em torno do atendimento a deficintes e como é possível lidar com garagens mais antigas.
A reportagem
A origem da reportagem da Folha de São Paulo é o Dia Nacional de Luta de Pessoas com Deficiência. Essa data é importante para celebrar e lembrar a importância de manter um controle em garagem e espaços públicos para o bem estar dessas pessoas.
O dia foi instituído em 2005 criou normas e leis que deixam clara a importância de que todos os espaços do prédio sejam acessíveis por todos! Isso significa o que exatamente para prédios e condomínios?
É importante que todo o acesso da garagem tenha rampas disponíveis, em todos os sentidos e que o espaço seja organizado de uma maneira segura e que não ofereça riscos desnecessários para pessoas com deficiência.
Além disso, a reserva de vagas para pessoas com deficiências é muito importante para a legislação que rege as pessoas com deficiência. Mas não adianta colocar por colocar: as vagas devem ser criadas e desenhadas de uma maneira que ofereça conforto e praticidade para todos os usuários.
O caso de garagens antigas
A reportagem da Folha lembra que muitos prédios mais recentes já são construídos com essas obrigações em mente. Eles são planejados para atender todo mundo e entregar um resultado confiável, tranquilo e de altíssima qualidade.
Porém, prédios feitos no século passado não carregam essas questões estruturais. Eles foram construídos em um período em que, infelizmente, as necessidades dessas pessoas era ignorada sumariamente. O mundo mudou, mas a estrutura, não.
Então é necessário que se faça adaptações claras e convictas ao ambiente. As rampas, entretanto, podem demandar uma mudança estrutural muito grave, ou todas as vagas estão localizadas longe de entradas e não oferecem conforto.
Portanto, surge outro problema: o valor. Algumas das mudanças necessárias são muito caras, principalmente em prédios mais antigos, já que a mudança pode ter que ser enorme. Além disso, os prédios antigos costumam ter valores mais baixos para gestão, o que complica ainda mais tudo.
Como lidar com o problema
Nesses casos, é fundamental que o síndico seja claro com todos os moradores. Os deficientes vão cobrar as mudanças, mas todos devem estar informados e conscientes da importância das mudanças para o prédio e a qualidade de vida de todos.
Então, você deve informar e decidir tudo em assembléia. Converse sobre os valores que serão cobrados para a realização desses projetos e planeje tudo com a consciência de que ela pode ser uma etapa trabalhosa na vida de todos.
Muitas dessas mudanças podem limitar o uso da garagem por um período, e é fundamental que todos os moradores estejam cientes e de acordo com isso. É fundamental que essas informações sejam sempre passadas e explicadas de acordo com a importância delas dentro do cenário nacional.
Essas mudanças só vão agregar qualidade e valor ao prédio, e você deve deixar isso claro para todos! Com essa convicção, até os mais resistentes às mudanças vão entender que, ao fim de tudo, todos vão ganhar mais com as mudanças e a garagem do prédio será melhor.
Além da garagem
A reportagem reforça que as questões vão além da garagem. Prédios antigos podem ter uma série de problemas que não são encontrados até que uma pessoa com deficiência tenha interesse nele. E aí, já pode ser tarde demais!
Então, segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei N° 13.146/2015), um prédio antigo deve contratar um engenheiro especializado para fazer uma análise completa do ambiente para encontrar problemas que devem ser solucionados. Parece um problema, mas na verdade vai solucionar muita coisa errada no espaço antigo!
Todos os espaços do prédio devem estar de acordo com as regulamentações do estatuto e devem ser de fácil acesso para cadeira de rodas e pessoas com deficiência. Portanto, é possível que muitos ambientes precisem de algum tipo de reforma.
Alguns exemplos mais comuns são o salão de festas, banheiros comunitários, espaços de convivência e, acima de tudo, a entrada e a saída da garagem. Prédios antigos utilizavam muitas formas de movimentação antiquadas e que pouco se encaixam para as necessidades.
O conforto de moradores
A reportagem da Folha dá grande ênfase a moradores de prédios que não entregam as condições ideias em garagens antigas. Eles estão muito insatisfeitos e incomodados com uma realidade que os limita e impede o convívio salutar no espaço.
Além de ser uma questão de lei, focar nesse bem estar é importante para o trabalho de um bom síndico e um bom gestor. De nada adianta investir em muitos detalhes que embelezam o ambiente e não buscar formas de garantir o conforto dos moradores.
Por isso, o foco no estatuto das pessoas com deficiência é um passo fundamental para a qualidade de um prédio, principalmente nos mais antigos. Existem muitos problemas nessas estruturas que precisam ser cuidadas e solucionadas de uma maneira rápida e inteligente.
Oferecer esse bem estar a todos os moradores também é muito importante na hora de estipular o valor do prédio! Os mais antigos podem perder valor, também por essa questão, e solucionar esses problemas vai aumentar o valor e atrair um público novo pronto para investir em locais apropriados.
Palavras-chave: garagem antiga, acessibilidade, prédios. síndico.